O que é Empatia?
Empatia não é o mesmo que simpatia, nem é ser legal com a outra pessoa por educação. Ter empatia é saber “ler” as emoções das outras pessoas e nos colocarmos no lugar delas buscando pensar como elas pensam, sentir o que elas sentem, enxergar como elas enxergam, sobretudo ser semelhante ao próximo em gênero, número e grau.
Freud em seus estudos observou e comparou as mesmas semelhanças na intimidade física entre mães e bebês, com casais apaixonados. Segundo ele, as características relacionadas ao toque, olhar, carícias e demais contatos físicos, tinham a mesma intensidade e efeito em quem recebia devido ao hormônio liberado chamado de oxitocina.
Mais ocitocina por favor.
A ocitocina em outras palavras, é responsável pelo amor materno e sexual, e é liberada na amamentação do bebê tanto quanto no orgasmo. Em ambas situações, sua liberação inunda o cérebro quimicamente com uma sensação de êxtase, cuidado, amor, proteção, afeto. O mesmo acontece em interações sociais e profissionais.
Ao relacionarmos profissionalmente ou socialmente com pessoas de forma afetuosa, nosso cérebro social é estimulado fazendo a liberação desses hormônios.
Qual principal papel da Empatia
A empatia é responsável por desempenhar um papel de extrema importância que visa responder e atender a necessidade das outras pessoas que estão a nossa volta. Não é deixar o “eu” de lado para olhar para o outro, mas abdicar dos julgamentos e considerações que costumamos fazer, para compreender melhor o que a outra pessoa está passando.
Por detrás de todo comportamento negativo, há uma intenção positiva. E se a intenção é ajudar uma pessoa a se livrar de um desses comportamentos que podem estar destruindo-a, é importante entender que seus conselhos podem não servir absolutamente para nada se forem baseados apenas em sua realidade.
É verdade que quando vemos uma pessoa que temos uma certa simpatia sofrendo, queremos ajudá-la de alguma forma. Por instinto, querer cuidar do próximo as vezes requer mais humildade do que ações extraordinárias. Se colocar no lugar do outro é tirar a capa de “super sábio” e vestir a da outra pessoa de “ser falho”, para só assim, compreender verdadeiramente o que a outra pessoa sente.
“Ser empático é ver o mundo com os olhos do outro e não ver o nosso mundo refletido nos olhos dele.” – Carl Rogers
Cientistas como o Dr. John Gottman, afirma que casais que tem relacionamentos duradouros, tem altos níveis de ocitocina no organismo o que as ajuda a moldar o outro em sua essência, tanto nos sentimentos como nas expressões faciais e na linguagem corporal, o que chamamos de criação de rapport. Isso contribui para que ambos tornem-se mais parecidos entre si, e crie sinergia muito mais profunda.
Empatia, uma tarefa desafiadora
Sobretudo, criar empatia é uma das tarefas mais desafiadores de se conseguir, ainda mais quando não identificamos com as outras pessoas. Isso pelo fato de acharmos que os outros precisam nos entender, quando na realidade nós que precisamos de parar de achar que o mundo gira em torno de nós mesmos.
Mas ao que se parece, criar empatia com pessoas que tem uma certa familiaridade com nossas ideias e propósitos parecidos é algo relativamente fácil. O problema é quando a tentativa de criar empatia é por pessoas que são completamente opostas a nós, fisicamente e intelectualmente.
Veja uma pessoa que torce para o time contrário do seu, ou possui posicionamento político diferente. Talvez alguém de uma orientação sexual na qual você julga nãos ser a certa por ter sido ensinado dessa maneira. Ou uma pessoa que tem um estilo próprio que você o vê como excêntrico e quer chamar atenção, pode até ser aquela pessoa que passa apagadinha e ninguém a nota.
Quando vemos o “diferente do ideal” ou “normal”, que acreditamos ser, por instinto, rejeitamos já que ele não é semelhante a nós e nem queremos ser parecidos a ele.
Sermos seletivos ao criar empatia não nos ajuda em muita coisa, já que mesmo você tendo a oportunidade de fazer escolhas com quem quer se relacionar, haverá momentos e situações que exigirão de você inteligência para se relacionar com outras pessoas distintas das que você julga a ser adequada.
Por que devo exercitar a empatia
Eu poderia responder essa pergunta com uma simples frase: Por que você não é o único no mundo.
Mas vou abrir o leque de possibilidades e oportunidades que ela nos trás.
Quando desenvolvemos a habilidade de criar empatia pelas outras pessoas, entendemos melhor o motivo pelo qual elas agem de uma determinada maneira de forma autêntica.
Talvez você já notou os haters tentando denegrir a imagem de uma celebridade instantânea, que surge na internet. Por de trás daquele hater, tem uma pessoa que tudo que ela deseja, é ser feliz. Porém, ela acredita que suas atividades em alertar o povo sobre uma possível pós verdade seja o correto.
O mundo precisa de mais divã do que tribunais. Se as pessoas de um modo geral, sejam elas quem fossem, tivessem mais o interesse em ouvir o outro na essÊncia do que fazer acusações condenatórias que não ajudam em absolutamente em nada. Certamente não teríamos a quantidade de conflitos que temos. Pode parecer utópico, mas é algo tão básico, que por ser negligenciado trás essa conotação de algo extraordinário e impossível de ser alcançado.
Não que os conflitos deixassem de existir, já que ter empatia não é concordar e nem passar a mão na cabeça da outra pessoa. Mas estamos tão sobrecarregados e cheios da falsa sensação do “certo”, que tudo que é diferente do nosso ponto de vista é errado e merece ser castigado.
Tem coisas nesse mundo que eu mesmo não consigo hoje, nesse momento concordar ou aceitar, mas preciso entender que respeitar é mais que obrigação, já que eu sou uma pessoa como qualquer outra nesse mundo.
Se houver o menos EU e mais o NÓS, a tendência é que tudo pode melhorar.
Todo mundo tem uma noite mal dormida, pega o trânsito ruim em alguns dias, tem um chefe chato que pega no pé sem motivos que julgamos ser relevantes. Afinal de contas, todo mundo ao que se parece, é ser humano. Ser humano implica em errar, acertar, aprender, crescer, desenvolver.
O ser humano é cíclico, existem momentos de alta e momentos de baixa, tudo é uma questão de como encaramos esses momentos e que aprendizados tiramos de cada um deles.
Alguns tendem a ter mais facilidade para ver soluções onde outros tudo que conseguem ver é apenas problemas. Isso mostra porque uns são tão afortunados enquanto outros vivem com mais dificuldade. Criamos nossa própria realidade, sendo assim, vivemos aquilo que acreditamos ser real.
Um estudo feito na Universidade de Lubeck, na Alemanha com 50 voluntários, revelou que os níveis de felicidade das pessoas após o simples ato de doar algo, seja material ou a própria atenção para outras pessoas, aumentaram seus níveis de felicidade.
O grupo foi dividido em dois, sendo um deles ficou responsável por gastar os 26 dólares semanais com outras pessoas, e o outro grupo para gastar consigo mesmo.
Durante quatro semanas, o grupo doou o gastou o dinheiro com outras pessoas, se sentiam mais felizes do que as outras que tinham o dinheiro para si próprias.
Os pesquisadores relataram mudanças em três áreas do cérebro:
- Uma ligada ao altruísmo e comportamento social
- A segunda relacionada a felicidade
- E uma última ligada a tomada de decisões
Segundo os pesquisadores, essas descobertas têm implicações diretas em áreas como: educação, política, saúde pública, economia.
Vale a pena me esforçar para criar empatia?
Essa parte eu deixo para você preencher como quiser, afinal de contas, as considerações finais devem ser sua e não de quem lhe escreve esse artigo.
Em minha opinião, vale muito a pena, seja com o gari ao pegar lixo como com um executivo na hora de passar por treinamentos.
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