Vergonha, 10 Indicadores dessa emoção

Vergonha, 10 Indicadores dessa emoção

Há uma aceitação quase que unânime dentro da comunidade científica sobre as sete emoções básicas, também conhecidas como primárias, entre todos os seres humanos.

Raiva, medo, tristeza, nojo, alegria, surpresa e desprezo.

Sobretudo, não há uma conclusão exata, tão pouco um catálogo universal que consiga organizar todas as emoções e sentimentos de maneira hierárquica.

O que define uma emoção

Para Antônio Damásio, a emoção é um programa de ações, portanto, é uma coisa que se desenrola com ações sucessivas. É uma espécie de concerto de ações. Não tem nada a ver com o que se passa na mente.

Uma variação psíquica e física, desencadeada por um estímulo, subjetivamente experimentada e automática, que se coloca num estado de resposta ao estímulo, ou seja, as emoções são um meio natural de avaliar o ambiente que nos rodeia e de reagir de forma adaptativa (2000).

Isso quer dizer que emoções são inerentes, ocorrem de forma que você não pode controla-las. Você as sente para depois expressa-las.

Assista uma aula completa sobre a linha do tempo das emoções

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Emoções X Sentimentos

Há um erro conceitual, que não é meramente um erro de semântica, onde confundem emoções e sentimentos. Alguns colocam todos em um mesmo balaio.

Segundo Damásio, o que distingue essencialmente o sentimento da emoção, é:

Enquanto o primeiro é orientado para o interior, o segundo é eminentemente exterior, ou seja, o indivíduo experimenta a emoção, da qual surge um “efeito” interno, o sentimento. Os sentimentos são gerados por emoções e, sentir emoções significa ter sentimentos. Na relação emoção / sentimento, Damásio diz ainda que apesar de alguns sentimentos estarem relacionados com as emoções, existem muitos que não estão, ou seja, todas as emoções originam sentimentos, se estivermos atentos, mas nem todos os sentimentos provêm de emoções (2000).

Artigo: A luta dos cientistas para saber o que definem as emoções

Classificando as emoções e sentimentos

Dámasio, classifica da seguinte maneira:

  • Primárias
  • Secundárias

As primárias são inatas, evolutivas e partilhadas por todos. Fazem parte da evolução humana. É resultado da filogênese, desenvolvimento da espécie.

As secundárias são sociais, aprendidas.

Nós aqui da Academia Internacional de Linguagem Corporal, tendo como base os principais teóricos das emoções, entendemos que há 3 níveis de emoções.

  • Primárias – nesse caso universais, como:
    • raiva, medo, tristeza, nojo, alegria, surpresa e desprezo
  • Secundárias – emoções sociais que sentimos, dependem do contexto social:
    •  vergonha, ciúmes.
  • Background Feelings – nesse caso, os sentimentos, o entendimento sobre a emoção sentida.

Vale ressaltar que esse é um entendimento nosso e não uma via de regra absoluta.

Onde entra a vergonha?

Paul Ekman (1999), argumenta que a vergonha merece ser rotulada como uma das quinze emoções básicas e que ela e as outras quatorze, são “distinguíveis umas das outras: diversão, raiva, desprezo, contentamento, desgosto, constrangimento, excitação, medo, culpa, orgulho pela realização, alívio, tristeza / angústia, satisfação, prazer sensorial e vergonha. ”

Para Ekman, há mais emoções universais do que as sete básicas ‘catalogadas’ no FACS – Facial Action Coding System.

Sobretudo, essas emoções defendidas por Ekman, não entraram em um consenso geral de outros teóricos, sendo assim, defendidas apenas por ele e não comprovadas.

A vergonha tem sido considerada “um afeto – uma emoção ou sentimento – não um pensamento, impulso ou fenômeno interpessoal (Kaufman, 1980). Silvan Tomkins

Vale lembrar, que nem todos os teóricos convergem um mesmo entendimento sobre emoções. Na realidade, há apenas poucos pontos que ambos concordam e são eles que sustentam toda estrutura do entendimento das emoções.

Sua pesquisa não descobriu exatamente o que os distingue, exceto por expressões universais para tristeza, surpresa, raiva, nojo, medo, alegria e desprezo. Nem seu trabalho revelou sinais universais de vergonha, embora ele argumentasse oito anos depois, que a vergonha se encaixa na família da tristeza. É provável que isso aconteça com o gatilho universal da tristeza como sendo a perda de algo de valor. No caso da vergonha, pode ser a perda da “face”.

Peter Hacker, defende a tese de que vergonha é uma emoção de ocultação. No caso, uma emoção social, já que você busca ocultar algo para não ser julgado por outras pessoas.

Quando uma pessoa se encontra na famosa saia justa, a vergonha é uma forte candidata a ocupar o posto de destaque. O que acaba sendo avaliada por outras pessoas, sendo julgada.

Quem nunca passou por uma avaliação que te fez sentir completamente inadequado a uma ocasião?

Quais seriam os sinais da expressão facial da vergonha

Apesar de não ser possível definir uma prototipagem padrão para expressão facial da vergonha, como temos nas sete emoções básicas – raiva, medo, tristeza, alegria, nojo, surpresa e desprezo – na vergonha seria um ‘mix’ de tristeza com comportamento de ocultação.

https://youtu.be/1ohUduvBH_U

Seria basicamente a junção da expressão de tristeza juntamente com alguns elementos, como:

  1. Elevação da parte interna das sobrancelhas
  2. Ação na parte inferior da face – diminuição do canto do lábio inferior e acentuação no mentual (famoso beicinho)
  3. Evitar contato visual
  4. Diminuir o volume verbal
  5. Ruborização das bochechas
  6. Efeito tartaruga
  7. Cobrir a face com a mão
  8. Baixar a cabeça
  9. Gaguejar
  10. Deglutição mecânica

Como distinguir as expressões faciais corretamente?

Se estamos falando de expressões faciais emocionais, então falamos de universalidade. Isso quer dizer que elas são como um idioma universal. Seja no local onde você está lendo esse artigo ou em qualquer lugar do planeta, as mesmas alterações físicas na face ocorrerão sempre com as mesmas características.

Isso é como se você tivesse a habilidade de ler qualquer livro, de qualquer idioma, sem ter que fazer nenhum esforço para entender as palavras.

Quando trazemos isso para as expressões faciais, essa é a analogia que na minha opinião, mais se encaixa sua importância.

Sem falar que é sobre pessoas, você lida com pessoas todos os dias em todos o lugares. No trabalho ou em casa, você não está sozinho e não vive em uma bolha.

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Referências:

Tomkins, S.S., 1984. Affect theory. Approaches to emotion163

Ekman, P., 1999. Basic emotions. Handbook of cognition and emotion

Hacker, P., 2017. Shame, Embarrassment, and Guilt. Midwest Studies In Philosophy 

DAMÁSIO, António, (2000). O Erro de Descartes – Emoção, Razão e Cérebro Humano

DAMÁSIO, Antônio. O Sentimento de Si, Tradução de M. F. M revista pelo autor Europa-América, 2000.

Anderson Carvalho

Perito em Análise de Credibilidade, especialista em entrevista investigativa e análise de Microexpressões faciais. Coordenador da Pós Graduação em Perícia Forense em Análise de Credibilidade e Inteligência Investigativa. Professor de Entrevista Interrogatório Estratégico e Análise de Credibilidade na Pós-Graduação em Tribunal do Júri. Graduado em Perícia Forense e Investigação Criminal, Pós- Graduando em Boas Práticas de Entrevista Investigativa. Pós-graduando em Ciências Criminais. Professor de Entrevista Investigativa na Formação de Peritos em Análise de Credibilidade na Academia Internacional de Linguagem Corporal. Perito em Expressões Faciais FACS (Facial Action Coding System), METT e SETT pelo renomado Paul Ekman Group. Especialização em Codificação Científica pelo FM-G (Portugal) Coordenador do HEP - Hub de Excelência Pericial. Assistente técnico com dezenas de atuações na área criminal.

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