Já percebeu que inúmeras placas mesmo sem nenhuma palavra orientam nosso uso do espaço, por exemplo placas de proibido estacionar, placas de risco de vida, placas de cães no quintal etc. Tal como as placas nossa comunicação não-verbal também regula o nosso espaço e o de outros. Você já notou como faz isso nos seus relacionamentos amorosos, em momentos de negociação ou viu isso em momentos de violência? Pois bem, para compreender o uso do espaço, chamada de Proxêmica, vou falar um pouco antes de território.
Espaço e territoriedade: territoriedade é um conceito fundamental, no mundo animal isso está presente e auxilia na coordenação da manada, procriação, densidade de população e união. Com os seres humanos não seria diferente, porém, além de regular a interação também é fonte de muitos conflitos, pois poder significar mais território.
Altman (1975) define nosso uso do espaço em três nível – primário, secundário e público. O primário refere-se ao nosso domínio possessional, algo particularmente nosso. O secundário refere-se a algo temporariamente nosso, mas não é exclusivo. O público também temos a pose temporária, mas somente num curto espaço de tempo.
Lyman e Scott (1967) também falam da intrusão do território, cá entre nós: isso é bem incomodo ne? Estes autores falam de três tipos:
- Violação – uso injustificado do território alheio
- Invasão – tomar o território do outro
- Contaminação – profanação do território alheio, não pela presença, mas pelo que deixa.
Essas intrusões podem causar reações de defesa que podem ser mais ou menos intensas de acordo com as características da invasão. Esta defesa pode ser preventiva, como manter o espaço seguro através de colocar seus objetos nele, ou cercas; e pode ser também reativa, isto é, quando nosso cérebro já está em situação de estresse (luta ou fuga), nesse momento nossa linguagem corporal pode modificar para mais protetiva ou até mesmo agressiva.
A distância conversacional
Hall estabelece algumas zonas de espaço assumidas pelos interagentes de acordo com sua intimidade e confiança no outro, como também função da comunicação. Estas zonas são: a publica, social, pessoal e íntima. Mas o que ninguém conta é que existem outros fatores que também influenciam a distância da interação como:
- Sexo dos interagentes
- Idade
- Tipo de relacionamento
- Background cultural
- Personalidade
- Tópico a ser conversado
- Ambiente da comunicação
- Aparência física
Percebe-se então que são inúmeras variáveis que influenciam a distância e uso dos espaços durante a conversação. Isto ressalta a importância do contexto nas interações humanas e pode ser aplicada em diferentes cenários, como: interrogatórios, entrevistas, negociações, vendas, até mesmo no mundo virtual (quem nunca se sentiu invadido com aquele e-mail fora de hora do chefe?), enfim a comunicação não-verbal está em todos os lugares…
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